Acidente com lancha Cavalo Marinho completa cinco anos sem resolução na justiça

Na esfera judicial o caso se desenrola tanto civil quanto criminalmente e em ambos os casos não houveram encerramento dos processos.

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O acidente com a lancha Cavalo Marinho I que matou 19 pessoas durante a travessia Salvador – Mar Grande em 2017 completou cinco anos nesta quarta-feira (24). Mesmo depois de tanto tempo sobreviventes e familiares das vítimas ainda esperam na justiça por uma resolução para o caso. Na esfera judicial o caso se desenrola tanto civil quanto criminalmente e em ambos os casos não houveram encerramento dos processos. 

No âmbito civil, vítimas e familiares constituem advogados para buscar indenizações pelos danos sofridos. Neste caso, os processos são individuais e em alguns é possível que tenha havido acordo entre as partes. A maioria, no entanto, aguarda julgamento. Criminalmente, o caso também é alvo de processo depois que o Ministério Público da Bahia (MP-BA) ofereceu denúncia, ainda em 2017, contra o marinheiro comandante da embarcação na época, e o empresário dono da empresa responsável pela lancha. As alegações finais já foram dadas e a Justiça aguarda apenas a sentença do juiz. 

Apenas o processo realizado na esfera militar, pela marinha, foi encerrado. Em julho de 2021, o Tribunal Marítimo, cuja função é apurar responsabilidades referentes ao acidente, cancelou o Certificado de Registro de Armador da empresa.

No inicio de julho as empresas envolvidas no acidente se viram envoltas em nova polêmica, quando a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) cogitou a renovação do contrato de concessão da operação do sistema de transporte marítimo do estado no entanto, o órgão afirmou que nova licitação será realizada. 

Com a demora na resolução dos conflitos aos sobreviventes resta a dificuldade em superar o trauma. A funcionária pública Jucimeire Santana, de 51 anos, usa palavras fortes para exprimir o que sente sempre que o tema é mencionado. “Eu não perdoo eles”, diz. Ela era uma das 116 pessoas que estava a bordo da lancha que virou, cerca de 10 minutos depois de deixar o Terminal de Mar Grande, na Ilha de Itaparica. “Parece que ninguém está nem aí para nada. Que só o que importa é o dinheiro”, acrescentou, em entrevista ao Jornal da Metropole, Alexandra Bonfim que perdeu a irmã, Alessandra Santos, na tragédia. Alessandra tinha 35 anos e deixou um filho, à época de um ano e seis meses. 

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Fonte: Metro1

				
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