Sob o argumento de controlar a inflação e trazê-la para a meta, Campos Neto tem dito que as decisões do BC são técnicas e baseadas nas expectativas de inflação futura.
“Quero saber de que serviu a independência do Banco Central”, “é só ler a carta do Copom para a gente ver que é uma vergonha esse aumento de juros”, “precisa cuidar da política monetária, mas precisa cuidar também do emprego, da inflação e da renda do povo.”
Nesse início de seu terceiro mandato, o presidente Lula (PT) fez críticas, como essas, ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por manter a Selic, a taxa básica de juros, em 13,75% ao ano.
Sob o argumento de controlar a inflação e trazê-la para a meta, Campos Neto tem dito que as decisões do BC são técnicas e baseadas nas expectativas de inflação futura.
Em entrevistas e discursos desde que tomou posse, Lula tem rebatido o banco desde 2021, apontando que os juros no Brasil não conseguem atacar uma inflação que não é ocasionada pelo aumento de demanda e freia o crescimento econômico.
Nesse cenário, o Datafolha perguntou aos brasileiros, nos dias 29 e 30 de março, como eles avaliam o patamar atual da Selic.
Para 71% dos entrevistados, a taxa de juros está mais alta do que deveria. Entre os que pensam assim, 55% dizem que ela muito mais alta do que deveria, e apenas 16% consideram que está um pouco mais alta.
Já 17% dos brasileiros dizem crer que os juros básicos estão em um patamar adequado, somente 5% responderam que ela está mais baixa do que deveria, e 6% não souberam responder.
Especificamente sobre a pressão feita por Lula pela redução dos juros, a pesquisa fala que 80% dos entrevistados dizem considerar que o presidente está agindo bem. Para 16%, o mandatário age mal, e 5% não souberam responder.
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Fonte: Amargosa News