Regiões Nordeste e Norte são as que tem menos médicos por habitantes no Brasil

O Sudeste tem a maior proporção de médicos por mil habitantes no País, com 2,95 profissionais da área por mil habitantes.

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A região Nordeste tem 57.667.842 habitantes e 111.223 médicos, possui uma proporção de 1,93 profissionais da área por mil habitantes.

Segundo dados da Demografia Médica no Brasil 2023, resultados que foram publicados no dia 8 de março, a região só não perde para a região Norte, que tem 18.906.962 habitantes, 27.453 médicos e uma proporção de 1,45 profissionais da área por mil habitantes.

O Sudeste tem a maior proporção de médicos por mil habitantes no País, com 2,95 profissionais da área por mil habitantes.

Os dados por região contrastam com o aumento no número de médicos no Brasil, ainda segundo o estudo, realizado pela Universidade de São Paulo (USP), com a Associação Médica Brasileira (AMB), em pouco mais de 20 anos, o número de médicos mais que dobrou no país.

De acordo com o Dr. Raul Canal, presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), o Brasil sofre com uma grande desigualdade na distribuição da população médica, o que significa que o volume não resolve o problema de saúde do Brasil.

A proporção de profissionais da área atuando em municípios pequenos e mais distantes dos grandes centros urbanos é ainda menor, contribuindo para a falta de acesso de parte da população a serviços básicos de saúde.

“Analisando o cenário, não é difícil constatar que a má distribuição de profissionais não resulta de um suposto desinteresse dos médicos, que até chegam a migrar para essas regiões. O grande problema é que acabam desistindo de atuar nessas cidades, onde notam a ausência de uma infraestrutura mínima: não há hospitais, postos de saúde, unidades especializadas, remédios, transporte. Não há o mínimo para atender com dignidade.”, aponta o presidente Anadem.

Essas desigualdades relacionadas à demografia médica se fazem presentes nas diferenças entre gêneros, o estudo mostra que as mulheres ganham, em média, R$ 13 mil a menos que os homens.

Em 2035, a expectativa é de que a porcentagem aumente para 56%. “Essa desigualdade na renda entre homens e mulheres também deve ser trazida à baila nas discussões com os órgãos competentes e autoridades. Se as mulheres possuem a mesma formação e obedecem aos mesmos trâmites burocráticos que os homens ao longo de sua trajetória profissional, não há explicação racional para que haja essa diferenciação salarial”, esclarece Canal.

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Fonte: Anadem

				
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