O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu, nesta sexta-feira (24), um inquérito civil para apurar os aspectos trabalhistas do caso.
Um homem de 59 anos foi resgatado de cárcere privado e a afirmou ter sofrido agressões da patroa, uma tenente da Polícia Militar, que atua em Salvador, na noite de quinta-feira (23), no bairro de Brotas, a mulher foi presa em flagrante.
A vítima falou que as agressões começaram há 1 ano e 5 meses, no corpo do trabalhador, que, com medo, preferiu não se identificar, estão marcas de lesões nas costas, na cabeça e orelha.
Segundo relatou o homem, ele era contratado para cuidar da mãe da patroa, que também mora no imóvel e é acamada mas desde janeiro não recebeu salários para realizar as atividades e também denunciou que tinha o celular confiscado durante o expediente.
A delegada Monica Piropo afirmou que a mulher chegou na delegacia sem algemas, por volta das 21h, e ficou à disposição da Justiça, 1 corrente usada para agredir homem foi apreendida.
“Às vezes dava murro no rosto. Além do murro, pegava a corrente quase 2h da manhã e começava a jogar. Me batia na cabeça com cadeado e caia meio mundo de sangue”, contou. “Ela usava toda a força, não era maneirado. Era com toda raiva, jogava toda a fúria e lançava naquela corrente”, acrescentou o trabalhador.
A vítima falou no depoimento ainda na noite de quinta, que ele conheceu a patroa há cerca de 10 anos. Durante esse período, sempre cuidou da mãe dela, mas voltava para casa após o expediente.
A situação mudou quando ela pediu que o homem permanecesse no trabalho, cuidando da mãe dela, para que ela conseguisse fazer cursos.
O acerto de início era que ele ficasse no imóvel por 6 dias e tivesse 1 de folga.
Os familiares do trabalhador falam que a vítima deixou de dar notícias e não retornou para casa nos últimos 10 dias, com isso, foram na casa em que ele trabalhava e descobriram as agressões.
“Vi as escoriações, orelha inchada e diversos ferimentos no corpo. Foi um momento muito complicado, pesado, né? Ele chorando, com diversos ferimentos e a filha vendo que ele estava com metade do peso, entrou em desespero, chorou”, afirmou um familiar, que também preferiu não se identificar.
Apesar da prisão da suspeita, a filha do trabalhador revelou que teme pelo futuro da família.
“Estou muito feliz porque ele [o pai] está aqui comigo, mas não estou tranquila. Essa mulher é uma ameaça a vida de meu pai, a minha, a de minha irmã, de minha mãe”, desabafou. “Ela tirou a cópia da chave da nossa casa, que pegou na penca de chave dele. Tem fotos minha, do meu irmão e fica dizendo que vai matar a gente”.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu, nesta sexta-feira (24), um inquérito civil para apurar os aspectos trabalhistas do caso.
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Fonte: Pietra Dantas / Hélio Alves / Tribuna do Recôncavo / G1 – Foto: TV Bahia
