Mutuípe combate epidemia de muriçocas: População enfrenta desafios além do incômodo

O problema que inicialmente afetava apenas o Centro da cidade agora se estendeu para áreas como Cajazeira e Bairro Santo Antônio.

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Mutuípe está enfrentando uma epidemia de muriçocas, um problema que tem gerado não apenas incômodo, mas também preocupação entre os moradores. Desde as intensas chuvas que ocorreram no meio do mês de fevereiro, as reclamações têm sido constantes e a situação tem se agravado. Muitos temem que parte desses mosquitos não seja apenas o Culex, mas sim o Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue.

“Estamos perdidos, minha rua está infestada, já tentamos identificar focos, mas não conseguimos. É difícil manter as janelas e portas abertas, especialmente com o calor dos últimos dias. Mesmo assim, esses insetos conseguem entrar. Estamos preocupados com a possibilidade de ser dengue também”, relatou uma moradora do Centro da cidade.

O problema que inicialmente afetava apenas o Centro da cidade agora se estendeu para áreas como Cajazeira e Bairro Santo Antônio.

As muriçocas, conhecidas cientificamente como mosquito Culex, pertencem à família Culicidae e são comumente chamadas de mosquitos ou pernilongos pela população. Esses insetos prosperam em condições de calor e umidade, sendo sua presença ainda mais notável durante as estações chuvosas.

Embora as muriçocas tenham hábitos noturnos, alimentando-se principalmente durante a noite, a presença delas durante o dia tem sido relatada, complicando ainda mais a situação para os moradores. As picadas desses insetos podem ser dolorosas e causar coceira, embora não haja confirmação de transmissão de doenças na região. Um estudo realizado pela Fiocruz em 2016 encontrou o vírus Zika em muriçocas, aumentando as preocupações em relação à sua presença.

Por outro lado, o Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, possui hábitos distintos. Este mosquito é mais ativo no início da manhã e no final da tarde, preferindo ambientes domésticos e reproduzindo-se em água parada limpa.

Para combater a infestação de mosquitos, é essencial adotar medidas preventivas eficazes. Eliminar possíveis locais de reprodução, como água parada suja, é fundamental. O controle efetivo do mosquito Culex envolve práticas de limpeza urbana, coleta regular de lixo e manutenção de sistemas de drenagem.

Além disso, medidas individuais podem ser tomadas para reduzir a proliferação desses insetos. Evitar o acúmulo de lixo em áreas públicas, manter quintais limpos, tampar recipientes que acumulam água e instalar telas em janelas e portas são medidas simples, mas eficazes, para proteger contra picadas de mosquitos.

O combate à epidemia de muriçocas não é apenas uma questão de conforto, mas também de saúde pública. Ao adotar práticas de prevenção e controle, a comunidade de Mutuípe pode garantir um ambiente mais saudável e seguro para todos os seus moradores.

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Com informações do Mídia Bahia

				
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