A defasagem entre o preço internacional e local chega a 26% nas contas da estatal, o que poderia comprometer as importações e o abastecimento do país.
Em reunião extraordinária realizada na tarde desta quinta-feira (16), o conselho de administração autorizou a diretoria da Petrobras a reajustar o preço do diesel e da gasolina. O aumento que já será válido a partir da semana que vem.
A defasagem entre o preço internacional e local chega a 26% nas contas da estatal, o que poderia comprometer as importações e o abastecimento do país. Além disso, em reunião nesta quarta-feira a estatal alertou o governo do presidente Jair Bolsonaro sobre o risco de desabastecimento de óleo diesel no Brasil se não houver aumento no preço do combustível. Integrantes do governo, porém, conta “O Globo”, não acreditam nessa hipótese e criticam internamente a Petrobras por usar esse argumento para aumentar os valores.
Participaram do encontro o presidente demitido da Petrobras, José Mauro Coelho, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Segundo informações da colunista Raquel Landim, da “CNN Brasil”, presidente do conselho de administração, Márcio Weber, relatou que recebeu um ofício do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, sobre um possível programa de subvenção ao diesel e propôs que a estatal aguardasse até segunda-feira para tomar uma decisão.
Esta foi a segunda reunião o governo e a diretoria da Petrobras nesta semana. Na primeira, integrantes do governo Bolsonaro pediram para a Petrobras esperar ao menos a votação do projeto de lei que limita o ICMS cobrado sobre os combustíveis. E isso foi concluído nesta quarta-feira e o o governo também pediu para a Petrobras ver qual será o impacto desse projeto nas bombas antes de tomar qualquer decisão.
Na reunião desta quinta, contudo, a Petrobras, argumentou que a empresa já havia esperado pela aprovação da redução do ICMS no Congresso e que não é possível segurar mais o preço dos combustíveis.
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Fonte: A Tarde